Diferença de Custo e Gasto

Meu custo de vida

Vamos falar sobre um assunto que mexe com todo mundo: custo de vida. Eu sei bem como é, o mês acaba e você fica se perguntando para onde foi todo o seu dinheiro. Quando comecei a prestar atenção no meu custo de vida, percebi que não tinha ideia de onde vinham os maiores gastos. E é exatamente sobre isso que quero falar com você hoje: a diferença entre custos e gastos. Essa pequena diferença pode te ajudar a entender melhor suas finanças e, quem sabe, te dar aquela folga no fim do mês.

O que é custo?

Custo é tudo aquilo que está relacionado diretamente à produção de algo, ao que é essencial para se obter um produto ou serviço. Quando falamos do nosso dia a dia, um custo é algo essencial para você viver, como o aluguel da casa, as contas de luz e água, ou até mesmo a gasolina que você usa para ir ao trabalho. É aquilo que é indispensável para manter uma vida minimamente confortável.

Por exemplo, meu custo com transporte não é algo que posso simplesmente cortar. Mesmo que eu comece a usar transporte público ou bicicleta, ainda assim terei um custo, seja com passagens ou com manutenção. É um custo essencial. Sem ele, eu não conseguiria ir ao trabalho ou realizar as atividades do dia a dia que são importantes para minha vida.

Outra coisa que considero um custo é a alimentação. Todos nós precisamos comer para sobreviver, então os alimentos básicos são um custo essencial. Claro que podemos escolher comer em casa em vez de restaurantes caros, mas a alimentação sempre será uma parte fundamental do nosso custo de vida.

E o que é gasto?

Já o gasto é aquela despesa que você pode escolher fazer ou não. É algo que não é essencial, é mais uma questão de querer do que de precisar. Imagine que você comprou um sapato novo mesmo já tendo outros quatro que atendem perfeitamente ao seu dia a dia. Isso é um gasto. Claro, é importante nos darmos alguns mimos de vez em quando, mas entender a diferença entre custo e gasto é o primeiro passo para não perder o controle.

Vou dar um exemplo pessoal: adoro sair para jantar em restaurantes diferentes, é algo que me faz bem. Mas é um gasto, e não um custo. Se eu precisar apertar o orçamento em algum mês, esse é um dos primeiros pontos onde vou cortar. É um prazer, mas não é essencial para minha sobrevivência.

Outro exemplo de gasto são assinaturas de serviços de entretenimento, como streaming de filmes e séries. Eu adoro ter opções para assistir no fim de semana, mas sei que, se precisar economizar, posso cancelar algumas assinaturas e buscar alternativas mais baratas ou gratuitas. É uma questão de querer e não de precisar.

Como isso impacta no seu custo de vida?

Quando falamos de custo de vida, estamos basicamente somando todos os custos essenciais que você tem para manter seu padrão de vida. O problema é que muitas vezes misturamos custos e gastos, o que faz parecer que nosso custo de vida é maior do que realmente é. Identificar corretamente o que é essencial e o que é opcional é essencial para entender como administrar melhor suas finanças.

Pense comigo: se você todo mês está sempre no limite ou até mesmo no vermelho, talvez seja hora de revisar onde estão seus maiores gastos e não custos. Muitas vezes, pequenos ajustes já fazem uma diferença gigantesca no fim do mês. Aquela assinatura de um serviço de streaming que você mal usa, por exemplo, ou um lanche que poderia ser preparado em casa ao invés de comprado pronto.

Além disso, identificar os gastos supérfluos pode ajudar você a criar metas financeiras. Muitas vezes, temos sonhos que parecem distantes, como fazer uma viagem internacional ou comprar um carro. Mas, quando começamos a cortar os gastos desnecessários e a guardar esse dinheiro, percebemos que é possível atingir esses objetivos. Economizar com pequenos gastos pode se transformar em uma grande economia ao longo dos meses.

A estupidez do custo alto

Outro ponto que quero abordar é a “estupidez do custo alto”. Pode parecer um pouco forte, mas eu gosto dessa expressão porque faz a gente parar e refletir. Muitas vezes, nos vemos em situações onde o custo das coisas que escolhemos para nossa vida é simplesmente alto demais. Pode ser o aluguel em um bairro onde não conseguimos pagar confortavelmente, um carro que é lindo mas que custa muito em manutenção, ou até mesmo uma conta de telefone cheia de pacotes que não usamos.

Eu mesmo já me vi nessa situação. Achava que precisava morar em um determinado bairro da cidade porque isso me daria mais conforto e segurança. Mas, ao longo dos meses, percebi que o custo alto do aluguel estava me limitando em várias outras áreas da minha vida. Era estúpido eu manter esse custo tão alto e me sentir preso a uma situação financeira incômoda.

Depois de algum tempo, decidi me mudar para um bairro mais acessível. No começo, foi um pouco difícil me adaptar, mas rapidamente percebi que minha qualidade de vida melhorou porque passei a ter mais dinheiro para outras coisas que realmente me faziam feliz, como viagens, cursos e pequenos luxos. Às vezes, o custo alto é uma escolha que fazemos por questões de status ou conforto, mas não percebemos o quanto isso pode nos prejudicar a longo prazo.

Outra situação em que o custo alto pode ser um problema é com bens materiais que possuem alto valor de manutenção. Um carro de luxo, por exemplo, pode parecer uma boa ideia no início, mas o custo de manutenção, seguro e combustível pode acabar se tornando um grande fardo financeiro. Vale a pena parar e refletir se esses custos são realmente necessários ou se estamos apenas tentando manter uma aparência.

Planilha de custos e gastos

A melhor coisa que fiz foi criar uma planilha de custos e gastos. Pode parecer chato, mas ajuda muito. E não estou falando de algo complexo — pode ser uma planilha simples no Google Sheets ou até mesmo um caderninho. O importante é você saber o que é custo, o que é gasto e onde está indo o seu dinheiro.

Na minha planilha, separo as categorias de custos e gastos, marco o que é recorrente e tento visualizar onde posso melhorar. Se, por exemplo, percebo que estou gastando muito com aplicativos de comida, isso vai me alertar que talvez seja melhor organizar melhor as refeições em casa. A organização traz clareza, e a clareza nos dá mais poder de decisão.

Além disso, a planilha me ajuda a entender onde posso economizar para alcançar minhas metas. Por exemplo, eu queria muito fazer um curso de especialização, mas o valor era alto. Quando comecei a organizar minhas finanças na planilha, percebi que poderia cortar alguns gastos e economizar para pagar o curso. Essa clareza me deu motivação para seguir em frente e atingir meu objetivo.

Outra vantagem da planilha é que ela me ajuda a visualizar as despesas ao longo dos meses. Às vezes, temos gastos maiores em um mês específico, como IPVA, matrícula de escola ou até um presente especial. Quando tudo está anotado, consigo me planejar para esses meses e evitar surpresas desagradáveis. Isso me dá mais tranquilidade e segurança financeira.

Dicas para cortar custos e gastos

Agora, vou compartilhar algumas dicas pessoais que funcionaram muito bem para mim:

  1. Revise suas assinaturas: Quantos serviços de streaming você realmente usa? Pode ser que seja mais vantajoso cortar alguns e manter apenas os que você realmente assiste. Muitas vezes, assinamos diversos serviços, mas acabamos não usando todos. Cancele os que não fazem diferença na sua vida e veja como isso impacta positivamente suas finanças.
  2. Planeje suas compras de supermercado: Às vezes, acabamos comprando coisas que já temos em casa ou até alimentos que acabam estragando. Com um pouco de planejamento, dá para evitar esses gastos. Fazer uma lista antes de ir ao supermercado e evitar compras impulsivas são atitudes que ajudam bastante. Além disso, aproveitar promoções e fazer compras em atacadistas pode gerar uma boa economia.
  3. Considere alternativas de transporte: Se o carro está consumindo muito do seu orçamento, pense em alternativas como carona compartilhada, transporte público ou até mesmo bicicleta. Você pode se surpreender com a economia. Eu mesmo troquei o carro pela bicicleta em alguns trajetos e, além de economizar, ganhei mais saúde e disposição. Outra alternativa é o home office, que pode reduzir significativamente o custo com transporte.
  4. Reduza os gastos com saídas: Eu adoro sair, mas percebi que não precisava gastar tanto com restaurantes e bares para me divertir. Ficar em casa com amigos ou cozinhar para eles pode ser igualmente prazeroso e bem mais barato. Experimente fazer noites temáticas, como noite de pizza ou de jogos. Assim, você se diverte gastando pouco e ainda tem a companhia das pessoas que gosta.
  5. Priorize suas despesas: Entenda o que é importante para você e o que pode ser cortado. Se dar prazer é essencial, mas não exagere. Tente encontrar um equilíbrio. Eu, por exemplo, adoro viajar, então faço questão de economizar em outras áreas para poder viajar pelo menos uma vez ao ano. Defina suas prioridades e corte o que não for tão importante.
  6. Cuidado com o cartão de crédito: O cartão de crédito pode ser um aliado, mas também pode ser um vilão se não for usado com responsabilidade. Tente evitar parcelamentos longos e gastos desnecessários. Se possível, utilize o cartão apenas para compras planejadas e que você sabe que poderá pagar integralmente no mês seguinte. Dessa forma, você evita os juros altos e mantém o controle financeiro.
  7. Crie um fundo de emergência: Ter um fundo de emergência é fundamental para lidar com imprevistos, como problemas de saúde, consertos no carro ou despesas inesperadas. Esse fundo deve ser formado aos poucos, com pequenas quantias que você economiza mensalmente. Com ele, você evita ter que recorrer a empréstimos ou entrar no cheque especial, que possuem juros muito altos.
  8. Pesquise antes de comprar: Muitas vezes, compramos por impulso ou deixamos de procurar por melhores preços. A internet está aí para nos ajudar a comparar valores e encontrar as melhores ofertas. Utilize sites de comparação de preços e espere por promoções como Black Friday. Comprar com planejamento pode gerar uma grande economia ao longo do ano.

Conclusão

Controlar custos e gastos é um desafio constante, mas é totalmente possível com um pouco de organização e disciplina. Saber a diferença entre um custo essencial e um gasto desnecessário é um dos primeiros passos para ter mais controle sobre o seu dinheiro e, consequentemente, mais liberdade para fazer aquilo que você realmente ama. Espero que minhas experiências possam ajudar você a fazer melhores escolhas financeiras e, quem sabe, ter um fim de mês um pouco mais tranquilo.

Organizar as finanças não é só sobre economizar dinheiro, é sobre ter mais liberdade e tranquilidade. Quando você sabe para onde está indo seu dinheiro, pode fazer escolhas mais conscientes e aproveitar melhor a vida. Pode ser que no começo pareça difícil, mas com o tempo isso se torna um hábito, e os benefícios são enormes.

Se você ainda não faz isso, que tal tentar montar uma planilha de custos e gastos hoje mesmo? Prometo que você vai se surpreender com a clareza que isso pode trazer para suas finanças! Não importa se você faz isso em um aplicativo, uma planilha ou até em um caderno, o importante é começar. Cada passo em direção ao controle financeiro é um passo em direção à sua liberdade.

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